A Era da manipulação: descubra o que são deepfakes e dicas de proteção!
Utilizados para disseminar desinformação, comprometer a privacidade pessoal e manipular a opinião pública, os deepfakes são uma ameaça real.
Anúncios
Nos últimos anos, a tecnologia de deep learning deu origem a uma preocupação crescente: os deepfakes. Esses conteúdos manipulados, criados com inteligência artificial, têm o poder confundir até mesmo o olhar mais atento. O que pode tornar a tecnologia uma ferramenta de manipulação de mídia cada vez mais sofisticada.
Mas, não se preocupe, existem maneiras eficazes de se proteger dos riscos dos deepfakes. Tão certo que, neste post, compartilharemos dicas importantes para reconhecer estes conteúdos tendenciosos. Mas, antes, vejamos no que consiste essa tecnologia.
O que são deepfakes?
Os deepfakes são produtos da inteligência artificial que usam técnicas de aprendizado profundo para produzir vídeos falsos que se passam por autênticos. Daí o nome, ‘Deep’ refere-se a ‘aprendizado profundo’ e ‘fake’ significa ‘falso’.
Anúncios
Essa técnica, no geral, envolve a troca do rosto de um indivíduo em um vídeo por meio de algoritmos complexos. Mas, é importante dizer que os deepfakes não se limitam apenas a vídeos. Eles ainda podem ser usados para criar áudios falsos ou imagens estáticas manipuladas.
Conheça os principais tipos de deepfakes
Como dizíamos, enganam-se aqueles que acreditam que os deep fakes se resumem a manipulação de conteúdos visuais. A verdade é que a tecnologia pode intervir em diferentes tipos de mídias, como podemos ver a seguir!
Anúncios
Deepfake de rosto: este é o tipo mais comum de deepfake, no qual o rosto de um indivíduo é substituído no vídeo. Assim, o conteúdo alterado pode ser utilizado para produzir vídeos ou imagens de celebridades agindo de forma que jamais agiram ou dizendo o que jamais disseram.
Deepfake de voz: além de vídeos, deepfakes podem ser áudios falsos. Aqui, a tecnologia de síntese de voz é utilizada para criar gravações de áudio de alguém que nunca proferiu aquelas palavras.
Deepfake de corpo inteiro: esta é uma versão mais avançada, onde não apenas o rosto, mas todo o corpo de um indivíduo é substituído no vídeo ou imagem. Isso pode levar a conteúdos de pessoas agindo de modo que nunca agiram.
Deepfake de áudio-visual: aqui, a combinação de áudio e vídeo é adulterada para criar um deepfake completo, onde tanto o que é visto quanto o que é ouvido é falso.
Quais os riscos dos deepfakes?
Os deepfakes têm o poder de enganar nossos olhos e ouvidos, tornando-se uma ferramenta de manipulação de mídia cada vez mais sofisticada. O risco mais comum desses conteúdos alterados está no fato de serem usados para induzir as pessoas a acreditarem que estão vendo ou ouvindo algo verdadeiro, o que pode levar a fraudes e golpes.
Não é de se espantar, inclusive, que sejam usados para produzir notícias ou discursos falsos de figuras públicas, levando a desinformação em grande escala. Isso coloca em risco a integridade das informações que consumimos.
Aliás, são ferramentas poderosas de manipulação política, que podem prejudicar a democracia ao disseminar inverdades e confundir os eleitores.
Os deepfakes políticos, infelizmente, são muito comuns. Em 2022, por exemplo, o conteúdo do Jornal Nacional foi adulterado pela tecnologia do deepfake. Os conteúdos mais compartilhados envolveram a adulteração de áudio e vídeo, alegando que o ex-presidente Jair Bolsonaro liderava a pesquisa de intenção de voto realizada pelo Ipec. Mas, a pesquisa mostrou o contrário.
Agora, o alvo da tecnologia tendenciosa são as eleições americanas de 2024. Um caso atual inclui imagens falsas criadas por inteligência artificial e mostram o ex-presidente Donald Trump sendo detido.
Além dos deepfakes políticos, essa tecnologia pode ser usada para criar conteúdo adulto fictício a partir da imagem de pessoas reais. Desse modo, ameaçam à privacidade e podem causar danos morais significativos.
Dicas para se proteger de deepfakes
Embora os riscos dos deepfakes, à medida que a tecnologia avança, também surgem medidas capazes de identificar vídeos falsos. O primeiro passo para proteção é sempre verificar a fonte do conteúdo que você está consumindo. Desse modo, se um vídeo ou áudio parece suspeito, tente averiguar se ele foi compartilhado por fontes confiáveis.
Deepfakes têm o poder de persuadir, mas eles podem conter pequenas imperfeições. Por isso, esteja atento a qualquer anomalia no vídeo ou áudio, como cortes bruscos, cores irregulares ou sincronização labial imprecisa.
Agora, ao assistir a entrevistas ou discursos em vídeo, compare-os com outras fontes confiáveis. Se algo parece fora do lugar, faça uma pesquisa adicional para confirmar a legitimidade do conteúdo.
Por fim, mas não menos importante, há ferramentas que detectam deepfakes disponíveis que podem ajudar na identificação conteúdos falsos. Microsoft Video Authenticator e Deepware são boas soluções contra essa ameaça.