Obsolescência programada: por que os eletrônicos são feitos para não durarem?
Confira o que é a obsolescência programada, uma das filhas do consumismo exagerado, e desvende o seu impacto na sociedade atual.
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A quantidade de lixo eletrônico vem aumentando nos últimos anos e uma das culpadas é a obsolescência programada. Esse fenômeno foi criado para aumentar os lucros das fábricas. No entanto, vem causando um grande impacto ambiental.
Na prática, a obsolescência programada foi desenvolvida para fazer os produtos durarem menos do que deveriam. Ou, ainda, possibilitar que um modelo novo seja lançado, em um curto período de tempo, acendendo no consumidor o desejo de trocar o produto. No entanto, quais as consequências desse fenômeno?
Consumismo desenfreado: um vilão!
O consumismo moderno tem suas raízes nas transformações socioeconômicas ocorridas durante os séculos XVIII e XIX, especialmente nos países industrializados. Vários fatores contribuíram para o seu surgimento.
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Como a Revolução Industrial, que teve início no final do século XVIII, na Inglaterra, e se espalhou por outros países. O movimento trouxe avanços significativos na produção em larga escala, resultando em uma maior disponibilidade de produtos manufaturados.
Outro fator foi a urbanização acelerada, a qual levou a uma mudança no estilo de vida das pessoas. Além do rápido crescimento das cidades e a criação de um ambiente propício para o comércio e a oferta de uma maior variedade de produtos.
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A evolução da publicidade e do marketing também desempenhou um papel fundamental ao incentivar o consumo. Assim, campanhas publicitárias começaram a promover produtos como necessidades essenciais, criando desejos e aspirações nos consumidores.
Além disso, a ascensão da burguesia e a busca por status social levaram as pessoas a associarem o consumo de determinados bens e marcas a um maior prestígio. Já no século XX, a globalização ampliou o acesso a produtos de todo o mundo e o avanço da tecnologia impulsionou a produção em massa e a diversificação dos produtos disponíveis.
Por fim, não podemos nos esquecer da cultura do descartável, caracterizada pelo uso e descarte rápido de produtos e objetos. Ela está enraizada em uma mentalidade de consumo constante e na busca por novidades e conveniência a curto prazo.
Embora o consumismo tenha trazido benefícios econômicos e um padrão de vida mais elevado para muitas pessoas, também levantou questões sobre sustentabilidade, impactos ambientais e a busca incessante pela felicidade através do consumo material.
No que consiste a obsolescência programada?
Essa prática surgiu no século XX, ganhando força com o crescimento da indústria de consumo em massa. Os fabricantes perceberam que ao criar produtos com uma vida útil limitada, podiam manter um ciclo constante de consumo, impulsionando as vendas de novos modelos.
Logo, existem diversas maneiras de implementar a obsolescência programada. Uma delas se dá através da utilização de materiais de baixa qualidade, que se desgastam mais rapidamente.
Além disso, componentes essenciais podem ser deliberadamente projetados para falhar após um certo período de tempo, mesmo que o restante do produto esteja em perfeitas condições.
Outra tática comum reside na limitação de atualizações. Por exemplo, em dispositivos eletrônicos, como smartphones ou computadores, as novas versões de software podem tornar os modelos mais antigos incompatíveis com aplicativos mais recentes, incentivando os consumidores a adquirir novos aparelhos.
Quais as consequências da obsolescência programada?
A obsolescência programada resulta em diversas consequências negativas. Ela leva ao desperdício de recursos, especialmente em produtos eletrônicos, contribuindo para o aumento do lixo eletrônico.
Além disso, tem um grande impacto ambiental, envolvendo extração de recursos, emissões de poluentes e geração de resíduos. Isso tudo se traduz em custos adicionais para os consumidores e cria uma economia insustentável a longo prazo.
Também desincentiva a inovação em produtos sustentáveis e pode excluir aqueles que não têm recursos para substituir produtos com frequência. Essas consequências destacam a necessidade de promover o consumo consciente e a produção de produtos mais duráveis.
Na contramão da obsolescência programada
Uma das maneiras de contrariar a obsolescência programada consiste em optar por produtos duráveis e de qualidade, assim como priorizar marcas conscientes e aprender a fazer reparos, mesmo que pequenos.
Assim como evitar modismos, apoiar movimentos de consumo sustentável, seja por meio da moda consciente seja pela reutilização de produtos, como também exigir transparência das empresas são importantes. Além disso, reciclar e descartar de forma responsável, além de educar e compartilhar conhecimento sobre o tema, contribuem para um estilo de vida mais sustentável e consciente em relação ao consumo.
É isso! Precisamos deixar a obsolescência programada no passado e tomar escolhas conscientes, para assim construirmos um futuro em que as questões ambientais sejam prioridade. Para estar ainda mais em sintonia com a sustentabilidade, saiba como reduzir o consumo de plástico.