Por trás do jejum intermitente: mitos e verdades
Será que o jejum intermitente realmente faz diferença? Traz benefícios à saúde? Confira tudo sobre essa prática alimentar.
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A busca pelo emagrecimento e por uma melhor qualidade de vida vem ganhando cada vez mais adeptos. E claro, o surgimento de várias receitas mágicas, que prometem milagres. Mas e o jejum intermitente? Funciona ou não?
Não há um consenso sobre a prática do jejum intermitente, apesar de fazer parte da vida de muitas pessoas. Alguns dizem ver resultados, outros que não faz bem para a saúde. Independentemente das opiniões, vamos conhecer os mitos e verdades sobre essa dieta.
O que é jejum intermitente?
O jejum consiste em uma abstinência voluntária e temporária de alimentação. No contexto do jejum intermitente, esse período sem ingestão de alimentos é intercalado com janelas de alimentação.
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Dessa forma, existem vários tipos, como o jejum de 16/8 (16 horas de jejum, seguidas por um período de alimentação de 8 horas) ou o jejum em dias alternados, que seria alternar em dias de ingestão normal de alimentos e dias de jejum.
Durante o jejum, o corpo passa por mudanças metabólicas. Inicialmente, utiliza glicose armazenada no fígado para obter energia. À medida que esse estoque diminui, o corpo começa a quebrar a gordura para produzir energia.
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Além de possíveis vantagens para a perda de peso, o jejum intermitente foi vinculado a melhorias na sensibilidade à insulina, diminuição da inflamação e estímulo à autofagia, um tipo de limpeza celular.
Apesar de ser uma prática popular, não é qualquer pessoa que se beneficia do jejum intermitente. Quem tem algumas condições médicas preexistentes, distúrbios alimentares e pessoas grávidas ou lactantes não devem aderir ao jejum.
Mitos e verdades sobre o jejum intermitente
Por ser amplamente difundido pela internet e sem muito respaldo científico, algumas notícias falsas circulam por aí. Para não cair em golpes, veja alguns mitos e verdades sobre o jejum intermitente. Entenda!
1. Perda exclusiva de gordura
Mito! A noção de perda exclusiva de gordura no contexto do jejum intermitente está atrelada a um equívoco comum, em que adotar esse método levaria principalmente à eliminação de gordura corporal.
No entanto, a perda de peso por meio desta dieta envolve vários componentes, como a utilização inicial de reservas de glicogênio e uma redução calórica global. Posto que o jejum intermitente possa preservar a massa muscular, a redução no peso ainda pode incluir músculo, gordura e água
Não esqueça que a resposta individual ao jejum é única, dependendo de fatores como genética e nível de atividade física. Portanto, a ênfase na queima exclusiva de gordura simplifica demais o processo complexo da perda de peso.
2. Melhora na sensibilidade à insulina
Verdade! O jejum intermitente causa melhora na sensibilidade à insulina. Quer dizer uma redução na resistência à insulina, uma condição em que as células respondem menos eficientemente à insulina, resultando em níveis elevados de glicose no sangue.
Além disso, ao reduzir os períodos de ingestão de alimentos, esta dieta contribui para a estabilização dos níveis de glicose e pode beneficiar quem tem diabetes tipo 2 ou em risco de desenvolver resistência à insulina.
Entretanto, a relação entre jejum intermitente e sensibilidade à insulina varia entre indivíduos, principalmente para aqueles com condições médicas preexistentes. O controle glicêmico pode ser um aliado nesse momento.
3. Aceleração do metabolismo
Mito! A ideia de que o jejum intermitente acelera o metabolismo deve ser interpretada com cautela. Estudos indicam variações modestas no metabolismo basal (taxa mínima de energia para manter um corpo em repouso absoluto) devido ao jejum.
Aliás, a possível aceleração pode estar relacionada ao efeito térmico dos alimentos consumidos durante as janelas de alimentação. Até porque o processo digestivo contribui para o gasto de energia, sendo a escolha dos alimentos um fator importante.
E ainda que o jejum intermitente possa auxiliar na perda de peso, parte desse efeito está ligada à redução calórica global. Assim, a aceleração do metabolismo deve ser compreendida considerando a complexidade dos fatores que influenciam o gasto energético
4. Estímulo a autofagia
Verdade! No jejum intermitente, ocorre um estímulo à autofagia, processo celular que envolve a degradação e reciclagem de componentes celulares danificados ou desnecessários. Nesse sentido, esse mecanismo de limpeza desempenha um papel fundamental na renovação celular, removendo proteínas disfuncionais e organelas danificadas.
Inclusive, a autofagia também está associada à desaceleração do processo de envelhecimento. Dado que ao eliminar componentes celulares envelhecidos, o corpo preserva a eficiência funcional das células, impactando positivamente a resistência celular.
É isso! Já tinha ouvido falar sobre o jejum intermitente? Lembre-se que toda prática alimentar deve ser acompanhada por um profissional.
E não pare por aí, cuidar da saúde deve ser prioridade sempre. Dessa forma, veja essas dicas simples para ter um estilo de vida saudável. Cuide-se!